novembro 30, 2009

novembro 25, 2009

A tua boca é um botão de rosa, frágil
tremor sob um orvalho matinal, o vento
escorre dos teus olhos negros, o brilho
salgado mar de insónias.

Anda ver-te; o mar nasce em ti,
canta-te à flor da pele, rosa que,
ao espelho brilha, abre, confessa,
salgado mar de insónias.

O silêncio pesa-te na língua, frágil
condição que se arranca, o brilho
das palavras mudas aos olhos volta,
salgado mar de insónias.

Confessa-te, olhos-rebento ao vento
salgado chamas ausência; canta-te, diz-lhe,
mar salgado de insónias não me leves, brilho
saudoso mata mas não morre.