dezembro 28, 2008

Às vezes, a verdade é um estalo que nos acorda.
Claro que te perdoo o teres partido, duas ruas acima da minha rotina.
Se eu me conheço desde sempre, se eu me sei de dentro para fora e outra vez para dentro e mesmo assim acuso o cansaço de mim, estampado na rispidez com que me afirmo, o que direi de ti. Entre mim e ti fica a finitude de ambos, fica o medo e o pavor que nos torna apressados. E as palavras. Se me enveneno com o meu reflexo na totalidade, pobre de ti, turista dos fragmentos que te lancei. Foge antes que eles te caiam em cima e te esmaguem contra um suicídio por Amor.
Carrego em mim a comichão do meu hábito, a solidão que ocupa toda uma vida e a tristeza de ter dois números a evitar a colisão.
Perdoa-me.

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