abril 11, 2009

"O que são as noites nas prisões"

"O absurdo fundamental manifesta antes de tudo um divórcio: o divórcio entre as aspirações do homem à unidade e o dualismo intransponível do espírito e da natureza, entre o impulso do homem em direcção ao eterno e o carácter finito da sua existência, entre a preocupação que é a sua própria essência e a inutilidade dos seus esforços. A morte, o pluralismo irredutível das verdades e dos seres, a ininteligibilidade do real, o acaso, eis os pólos do absurdo. (...)
Certo é que o absurdo não está no homem nem no mundo, se os tomarmos separadamente; mas, como é o carácter essencial do homem o estar-no-mundo, o absurdo é, em suma, unitário com a condição humana."
Jean-Paul Sartre
P.S. - Somos todos estrangeiros na terra que nos dão. Nossa?

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