O peso das palavras por dizer equivale a um defeito de origem, calamo-nos com um desejo amargo de ter feito da linguagem uma ampliação das nossas entranhas - e então a opressão veste-se, caminhamos supostamente inanes num corredor abatido, dobrado como um dicionário encardido se cobre de tempo perdido. Há aqui uma exegese enganadora, o nosso silêncio é um atropelo de palavras, entre a garganta das intenções e a língua dos actos, exteriorizados. Somos desejo com um objecto roubado, vivemos a olhar esses muros como um lugar a que a dúvida aguça o brilho. (promessa verbal, conjunto de sons articulados que têm um sentido) Teria feito a diferença? Coleccionamos um discurso a posteriori e esses sinais que nomeiam fazem do referente terreno de sonho. Recalcamento.
Há 10 meses
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