A estrada canta os teus passos com as farpas que caem do nosso segredo de seda nocturna, de cima para baixo como um tempo de abatimento se anuncia, anos revelados na força viril da invernia, jogados no chão dos apostadores quase sozinhos, quase nus. A solidão é uma nudez angulosa, que viola uma intimidade a escorrer rua abaixo - podia ser uma história através de uma metáfora ocasional mas as páginas consomem-se na própria escrita enlouquecida, turbilhão liquefeito na beira de um passeio por mim dentro. A estrada varrida pelo assobio surdo de um jogador encharcado de impaciência, estrada acima, noite dentro. Não é uma história. É uma janela que se abre de mais e é Inverno, já sabias disso quando me conheceste, quase.
Há 10 meses
2 comentários:
Já pensaste em escrever um livro?
Constança:
Mais uma vez, obrigado pelas tuas palavras. :)
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