fevereiro 13, 2011

Avô,

os meus dias são ainda a tua morada, agiganta-se uma saudade feita de lume e de sal, de palavras-prece e de silêncios bordados. Se te perdi, foi para te encontrar maior, cá dentro, onde a vida sempre se resgata, TE resgata, me resgata. Se a morte é esquecimento, estas longas paredes contam onze anos em que tudo permaneceu, pela força de um amor que desafia o fim, te traz de volta ou que nunca te deixou partir. Não me morras, Avô, as paredes brancas são um desafio sórdido sem o retrato feliz do teu tempo, do teu rosto a marcar o sentido de tudo. Fica.

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