Devolve-me o meu destino e a minha dignidade,
encravados na história que quiseste travar, dentro de ti.
Devolve-me a vontade e as minhas mãos,
agarradas, com cola de amor, ao teu corpo.
Devolve-me as saudades só de ti,
agora sou eu sem mim, caixa de sonhos emprestados.
Devolve-me a paz roubada na vertigem de seres eu,
entrega-me a minha vontade, escrava do teu querer sem fim.
Devolve-me as noites sozinho de ti, só comigo,
não faças do meu sono a minha vida, de dia.
Devolve-me as palavras que te dediquei religiosamente,
agora sou crente excomungado no acreditar, por ti.
Devolve-me o coração sereno das coisas simples,
sinto uma arritmia pelo que está morto.
Devolve-me a calma dos dias sem paixão e amor,
falo com as paredes na esperança de um abraço igual ao teu.
Devolve-me o mundo antes do teu cheiro e da tua saliva,
sinto a morte subir-me na garganta e fazer da sua a minha voz.
Devolve-me as pernas que te emprestei num dia mau,
fiquei preso à tua vida, sem saída de emergência.
Devolve-me o sorriso que marcou a minha cara, contigo,
hoje sou um louco que se ri só por fora, na rua, sem porquê.
Devolve-me a minha língua e o suor e a febre de entrega,
sou um mar morto de memórias malditas.
Devolve-me o meu nome gravado junto ao destino teu,
quero chamar por mim, sem me lembrar da soma de ti.
Devolve-me. Eu deixo-te ir. Vivo por ti, sem mim.
encravados na história que quiseste travar, dentro de ti.
Devolve-me a vontade e as minhas mãos,
agarradas, com cola de amor, ao teu corpo.
Devolve-me as saudades só de ti,
agora sou eu sem mim, caixa de sonhos emprestados.
Devolve-me a paz roubada na vertigem de seres eu,
entrega-me a minha vontade, escrava do teu querer sem fim.
Devolve-me as noites sozinho de ti, só comigo,
não faças do meu sono a minha vida, de dia.
Devolve-me as palavras que te dediquei religiosamente,
agora sou crente excomungado no acreditar, por ti.
Devolve-me o coração sereno das coisas simples,
sinto uma arritmia pelo que está morto.
Devolve-me a calma dos dias sem paixão e amor,
falo com as paredes na esperança de um abraço igual ao teu.
Devolve-me o mundo antes do teu cheiro e da tua saliva,
sinto a morte subir-me na garganta e fazer da sua a minha voz.
Devolve-me as pernas que te emprestei num dia mau,
fiquei preso à tua vida, sem saída de emergência.
Devolve-me o sorriso que marcou a minha cara, contigo,
hoje sou um louco que se ri só por fora, na rua, sem porquê.
Devolve-me a minha língua e o suor e a febre de entrega,
sou um mar morto de memórias malditas.
Devolve-me o meu nome gravado junto ao destino teu,
quero chamar por mim, sem me lembrar da soma de ti.
Devolve-me. Eu deixo-te ir. Vivo por ti, sem mim.
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