maio 04, 2009

A paz, no bolso

Na luz ardente dos passos marcados vou deixando cair,
para dentro da linha ténue do horizonte,
tudo aquilo que não está destinado a ser.
Neste lugar onde a brisa canta uma paz perpétua,
encontro-me, fecho os olhos da memória e,
É sempre possível.

Neste chão de areia fina acho um conforto,
que é quase para lá da vida,
um corpo estendido a respirar a sua condição,
sem interrogações, sem outra linguagem que a de
uma absoluta comunhão natural.

Por um momento,
É possível.


Red Wind - Jan Garbarek

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